terça-feira, 5 de novembro de 2013

Aborto-Drauzio Varella



Se uma mulher tiver dinheiro pra pagar, é possível fazer um aborto. Mas no caso da mulher ser pobre, é necessário ter uma comprovação de estupro ou que a mãe corre perigos em relação ao bebê. Muitas vezes essas questões não vem à tona, então optam por o aborto clandestino.
O aborto clandestino é baseado em técnicas nada profissionais e que podem prejudicar a saúde da mãe, tendo a chance de morte. Essas técnicas são: é inserido uma agulha de tricô ou algum objeto que possa furar a bolsa onde o feto se encontra, é feito isso e as bactérias vaginais invadem o embrião e a infecção causada elimina o conteúdo com uma contração que o útero provoca.
O procedimento é doloroso e sujeito a complicações sérias, porque nem sempre o útero consegue livrar-se de todos os tecidos embrionários.
Quando esse procedimento clandestino acontece, sempre é uma complicação conseguir com que a mãe vá procurar socorro, porque há certa ignorância em relação aos riscos que esse aborto pode provocar, receio é criado por não saber qual será a reação da família, a mãe pode ser presa, ou seja, existem diversos fatores que impedem a procura de atendimento médico.
Casa pessoa tem sua própria opinião em relação ao aborto, mas é possível identificar três posições dominantes.
A primeira se baseia em pessoas que são completamente contra o aborto, muitas vezes por questões religiosas ou porque acreditam que quando um aborto é realizado é interrompida uma nova vida. Nessas circunstâncias a mulher tem total responsabilidade e arca com as consequências encaminhadas.
A segunda baseia-se em que até a 12ª semana o feto ou embrião não possui ainda capacidade mental de ter uma consciência então pode-se ser realizado o aborto até o terceiro mês da gestação.
Finalmente, são os que acreditam que é a escolha da mulher em período de gestação, ou seja, ela decide qual o destino dessa criança. Também acreditam que se for feito, que seja feito por profissionais especializados.
O assunto ainda parece tão absurdo que quando mencionado provoca reações talvez chocantes e emocionais. E não se fala mais no assunto.
Talvez a principal solução seria educar mulheres a não fazerem sexo sem proteção e também mostrar diferentes alternativas para mulher grávida que não consegue enxergar qualquer outra. Os legisladores deveriam enfrentar este problema como um problema da saúde pública, que exige uma solução urgente.
Texto parafraseado, com texto base “A questão do aborto”, de Drauzio Varella.

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